Grupos de Estudos Genposs - Mulheres do Cerrado

  O Grupo de Estudos do Laboratório Genposs realizou sua primeira sessão do 1 semestre de 2023, na tarde da sexta-feira, 12 de maio, no Auditório do CEAM, sob a coordenação da professora Marlene Teixeira Rodrigues. 

    As atividades do Grupo neste semestre tem como tema central a trajetória e os escritos da professora Mireya Suárez, que ainda em 2017, inspirou e apontou os caminhos que impulsionaram a formulação do projeto Mulheres do Cerrado, que ora iniciamos e que recebeu este nome, em homenagem a professora e ao primeiro grupo feminista por ela criado na UnB, no início da década de 1970.

projeto Mulheres do Cerrado, que materializa mais uma parceria entre NEPeM e o Genposs, objetiva resgatar - por meio do registro dos depoimentos- a história, as vivências e as trajetórias de professoras da UnB e mulheres dos movimentos feministas e de mulheres de Brasília -, externas à UnB que, a partir da década de 1970, impulsionaram o diálogo e a intersecção entre esses movimentos e a Universidade. 

Nesta primeira sessão, o grupo teve oportunidade de começar a conhecer a trajetória da professora Mireya, por meio da leitura e discussão de algumas de suas entrevistas (ABREU, 1982; RIBONDI; 1987; SASSI, 19873). Realizadas ainda naquele período inicial, nessas entrevistas a professora discorre sobre maternidade, a vida de cientista, o sertão e os movimentos feministas e de mulheres - suas grandes paixões. 

Antropóloga e feminista, nascida no Panamá, em janeiro de 1939,  Mireya iniciou sua carreira na UnB, em 1970, onde chegou, após concluir seu mestrado no México e se casar com um sociólogo brasileiro que conheceu na Universidade. 

Uma das primeiras professoras de Antropologia da UnB, além do Mulheres do Cerrado e do NEPeM - criado anos mais tarde-, a professora participou na articulação e fundação do Grupo Feminista Brasília Mulher, no início da década de 1980.

Importante movimento social no período de redemocratização do país, o Grupo Feminista Brasília Mulher agregou mulheres de diferentes inserções sociais e profissionais e foi germe de parte substantiva dos grupos de estudos e das organizações feministas surgidas no Distrito Federal, nas décadas seguintes. Com o projeto Mulheres do Cerrado pretendemos registrar esses processos por meio das vozes de suas protagonistas.

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